DESENVOLVIMENTO DE VIDROS AO CHUMBO UTILIZANDO RESÍDUOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS
Nome: DAINA BOURGUIGNON CAMPOS DE OLIVEIRA
Data de publicação: 05/09/2023
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| ADRIANA FIOROTTI CAMPOS | Examinador Interno |
| EDNILSON SILVA FELIPE | Presidente |
| MARIANE COSTALONGA DE AGUIAR | Examinador Externo |
| MICHELLE PEREIRA BABISK | Coorientador |
Resumo: O setor de rochas ornamentais é responsável pela geração de grande quantidade de
resíduos em todo o mundo. Estes resíduos são ricos em óxidos que podem ser
utilizados como matérias-primas na fabricação de vidros. Em geral, possuem alta
concentração de SiO2, um óxido formador de rede vítrea. Nesta perspectiva, este
trabalho teve como objetivo desenvolver vidros ao chumbo, também conhecidos
comercialmente como cristais de chumbo, a partir do aproveitamento dos resíduos
silicáticos de rochas ornamentais beneficiadas em teares multifio diamantados, bem
como caracterizar os resíduos e os vidros produzidos. A metodologia utilizada foi
fusão/resfriamento. A temperatura máxima do processo foi de 1500°C com um
tempo de 3 horas. Os resultados deste trabalho foi o desenvolvimento de dois vidros
utilizando resíduos de granito e quartzito adicionando o chumbo na forma de
monóxido de chumbo e outros carbonatos em quantidades suficientes para ajustar
as composições típicas dos óxidos necessários. Todos os resultados foram
comparados com uma amostra de vidro comercial. As difrações por raios- x (DRX)
mostraram a vitrificação completa dos vidros produzidos; o FRX evidenciou
características similares ao padrão do vidro cristal de chumbo; as densidades
apresentaram valores aproximados e a resistência hidrolítica foi classificada como
média nos dois vidros produzidos, segundo a norma ISO 719. O teor de ferro
presente no vidro produzido com granito resultou em um vidro de coloração
esverdeada, enquanto o de quartzito apresentou uma coloração azulada, muito
provavelmente, em virtude do óxido de titânio presente em sua composição.
Concluiu-se que existe viabilidade técnica na produção de vidros utilizando-se
resíduos de rochas ornamentais em substituição a sílica proveniente de areia.
