DESEMPENHO ENERGÉTICO DO SETOR EXTRATIVO DE MINÉRIO DE FERRO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2011 A 2020

Nome: YOLACIR CARLOS DE SOUZA SANTOS

Data de publicação: 13/06/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLA CESAR MARTINS CUNHA Presidente
EDNILSON SILVA FELIPE Examinador Interno
GIORGIO FRANCESCO CESARE DE TOMI Examinador Externo

Resumo: A atividade de mineração constitui-se em um importante setor industrial brasileiro e, como
tantos outros, necessita de elevados consumos energéticos para suas operações. Contudo, a
divulgação das informações deste setor, no campo da energia, é realizada de forma agregada ao
da pelotização, prejudicando a análise do setor mineral de forma desagregada. Neste sentido, o
presente trabalho, que pode ser caracterizado de natureza aplicada, em seus objetivos, como
pesquisa descritiva e tendo como procedimento a análise documental, teve como propósito a
análise do desempenho energético do setor de mineração de ferro no período de 2011 a 2020.
Pela inexistência da divulgação de dados desagregados, utilizou-se das informações primárias
da Agência Nacional de Mineração obtidas do setor regulado, por intermédio da declaração dos
Relatórios Anuais de Lavra. Assim, e a partir do processo de coleta e tratamento dos dados
individuais de cada complexo minerador, no que se refere à utilização do diesel e energia
elétrica, foi possível analisar o consumo energético do setor de mineração de ferro, bem como
realizar a sua estimativa de forma desagregada, entre os setores de lavra e beneficiamento,
concluindo-se que, no período abordado no estudo, houve o aumento do consumo energético
(51%) e a identificação de que a maior parte do gasto energético deriva da utilização de óleo
diesel. A partir do uso de indicadores de desempenho energético consolidados no setor mineral,
verificou-se, ao longo do período do estudo, uma tendência de aumento da quantidade de
energia necessária para produção do minério de ferro (33% na lavra, 39% no beneficiamento e
41% no total), explicada pela diminuição de teores e pelo aumento da relação estéril-minério e
da distância média de transporte, que faz com que sejam necessários maiores consumos
energéticos na lavra e no beneficiamento. Ademais, e com base nas informações do consumo
energético, foram realizadas as estimativas das emissões de gases de efeito estufa do setor no
horizonte reportado, verificando-se um aumento de 62% no período, justificado pelos mesmos
fatores já destacados.

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