Interfaces entre o Trabalho, Carga Mental e Qualidade de Vida, em um Empresa de Saneamento do Estado do Espírito Santo
Nome: TATIANA PEDERZINI
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 31/10/2018
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
FÁTIMA MARIA SILVA | Orientador |
GILSON SILVA FILHO | Examinador Interno |
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI | Examinador Externo |
Resumo: Este estudo de métodos mistos concomitantes, convergindo tendências numéricas
amplas e concepções detalhadas, objetivou analisar a carga mental e a qualidade de
vida e sua relação com aspectos socioeconômicos, sob a ênfase da promoção da
saúde no ambiente de trabalho. Através da utilização de três instrumentos distintos:
o Questionário Socioeconômico, o National aeronautics and space administration -
Task Load Índex (NASA-TLX) e o World Health Organization Quality of Life
Questionnaire abbreviated (WHOQOL- bref), buscou-se o melhor entendimento do
problema hora apresentado, avaliando a relação entre faixa etária, sexo, tempo de
atuação na função, tempo para realização de refeições, local de trabalho, nível
social (variáveis independentes) e exigência mental, nível de realização, nível de
frustração, apoio social, autopercepção de qualidade de vida e saúde (variáveis
dependentes). A análise teve como público-alvo os operadores de estações de
tratamento de água em uma empresa de saneamento do Estado do Espírito Santo,
buscando priorizar os aspectos que afetam a relação entre o ambiente de trabalho e
condições de vida, em prol da promoção da saúde, uma vez que a função exercida
por esses trabalhadores possui alta demanda percepto-cognitiva e grande
responsabilidade social e ambiental, exigindo que as tarefas sejam executadas de
forma eficaz. Os resultados indicaram, de forma geral, que a carga mental foi
considerada alta para um grupo específico e, em especial, para as mulheres, que
também apresentaram maior nível de frustração, além disso, a autopercepção de
qualidade de vida foi alta para a grande maioria dos entrevistados, porém o grupo
com maior escolaridade apresentou o pior resultado. Os valores obtidos indicam,
ainda, que os níveis de realização com o desempenho no trabalho foram
satisfatórios, e que entrevistados mais velhos se sentem mais satisfeitos com o
apoio social que recebem. Observou-se a influência de fatores sociais e ambientais
nos resultados atingidos, apontando possíveis caminhos para a promoção da saúde
no ambiente de trabalho e indicando a necessidade de estudos mais aprofundados
quanto a determinados aspectos e seus efeitos na saúde dos trabalhadores.