INDICADORES DE PERDAS PARA SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: PADRONIZAÇÃO E LIMITAÇÕES DA APLICAÇÃO NO BRASIL.

Nome: SAULO BIASUTTI
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 19/08/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDUMAR RAMOS CABRAL COELHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDUMAR RAMOS CABRAL COELHO Orientador

Resumo: A quantidade de água perdida, expressa por meio de indicadores, é um importante elemento na avaliação da eficiência dos serviços de abastecimento de água. Contudo, quando não há uniformidade na linguagem utilizada para os indicadores, esta importante ferramenta perde a credibilidade. A Associação Internacional de Água (IWA) no final da década de 90 lançou as bases para a padronização dos indicadores de desempenho para serviços de abastecimento de água. O padrão de indicadores da IWA foi bem sucedido, sendo adotado por diversos países. No Brasil ainda não existe o padrão nacional consolidado dos indicadores de perdas e, por conseguinte, uma grande diversidade de indicadores é utilizada pelas entidades gestoras do setor de abastecimento de água. Neste contexto, o presente projeto tem como objetivo revisar, registrar e avaliar comparativamente os tipos de indicadores de perdas utilizados atualmente no Brasil, identificando as variações nas terminologias, unidades e fórmulas. Para a consecução da pesquisa recorreu-se à revisão sistemática da literatura científica, em conjunto com a análise de documentos legais e técnicos que normatizam os indicadores de perdas de água no Brasil. Ao todo foram avaliados na pesquisa bibliográfica 164 estudos de caso e na pesquisa documental 124 Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB). Os resultados evidenciam a falta de uniformidade dos indicadores de perdas, visto que diferentes nomenclaturas e fórmulas são utilizadas para expressar o mesmo indicador em diferentes documentos. A ausência de uma padronização dos indicadores dificulta a comparação de desempenho entre diferentes prestadores de serviços de abastecimento de água. Ademais, os resultados mostram que indicadores expressos em percentual, mesmo não sendo recomendados pela IWA, continuam sendo largamente utilizados, inclusive para a definição de metas no PMSB. Paralelamente, foi desenvolvida uma pesquisa junto aos prestadores de serviços de abastecimento de água, com a finalidade de investigar as limitações mais comuns quanto à aplicação dos indicadores de perdas. Com base nas respostas de 65 prestadores ao questionário de pesquisa, observou-se que as dificuldades mais frequentes são carência de equipamentos de medição (macro e micro), falta de confiabilidade nos dados operacionais e escassez de recursos financeiros para investimentos. Em virtude disso, a auditoria de perdas nos sistemas de abastecimento de água geralmente é deficiente, o que dificulta a definição de metas e o acompanhamento dos progressos na gestão de perdas por meio de indicadores, principalmente em relação aos indicadores mais específicos de perdas reais e perdas aparentes.

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