ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA GERENCIAMENTO DE EXCRETAS HUMANAS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL MULTIPAVIMENTAR
Nome: JÚLIA KELLER FRANCI
Data de publicação: 25/10/2024
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
EDNILSON SILVA FELIPE | Examinador Interno |
PAULA LOUREIRO PAULO | Examinador Externo |
ROSANE HEIN DE CAMPOS | Presidente |
Resumo: O metabolismo urbano das cidades modernas se caracteriza por um fluxo linear de recursos naturais, o que limita a reutilização de materiais considerados resíduos. Esse modelo é insustentável e pode levar ao esgotamento dos recursos do planeta. Em alinhamento com as necessidades globais de desenvolvimento sustentável, o ODS nº 6 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) estabelece que 99% da população seja abastecida com água potável e que 90% possua coleta e tratamento de esgotos até 2033. Para tal, há um consenso sobre a necessidade de fomentar pesquisas sobre tecnologias que busquem o fechamento do ciclo dos nutrientes, buscando seu máximo aproveitamento, como sugere o conceito NEXUS.
Esta pesquisa utilizou o método AHP (Analytic Hierarchy Process) para avaliar a adequação de bacias sanitárias secas segregadoras de urina em uma edificação residencial multipavimentar em comparação com um sistema hidrossanitário convencional, sob a ótica dos principais stakeholders do condomínio: os moradores. Os resultados indicaram que, no contexto em que a implantação do sistema seco ocorre em uma cidade cujo principal sistema de manejo das excretas humanas ainda é hídrico, o sistema convencional é mais apropriado, apresentando uma Prioridade Global de 0,623 quando analisados os critérios de aceitabilidade do usuário, tempo de operação e manutenção, custo de operação e manutenção, economia de água, redução na produção de esgoto, redução na produção de resíduos sólidos e risco sanitário..
Apesar de menos favorável em uma análise geral dos critérios, o sistema seco apresentouse superior ao convencional em relação à economia de água e produção de esgoto. Foi aferida a possível redução de até 10% no consumo de água e na produção de esgoto, além de possibilitar a comercialização e recuperação de componentes das excretas humanas.