Agrotóxicos no Estado do Espírito Santo: uma Análise das Questões Legais e dos Efeitos nas Águas Superficiais do Rio Jucu Causados Pelo Herbicida Glifosato
Nome: PRISCILLA SPADETO ALTOÉ
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 15/01/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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EDUMAR RAMOS CABRAL COELHO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDUMAR RAMOS CABRAL COELHO | Orientador |
Resumo: A água é uma das vias pelas quais os agrotóxicos são transportados dos locais que foram aplicados para outras partes do meio ambiente, podendo gerar, como consequência, inúmeros impactos negativos. Em decorrência desse fator, a condição do seu uso e aplicação é regulamentada por atos normativos. Com o intuito de fazer um estudo interdisciplinar sob a perspectiva sustentável, utilizou-se como norteador do trabalho o método DPSIR -Driven, Pressure, State, Impact, Response, desenvolvido pela Agência Europeia do Meio Ambiente (EEA). A partir do panorama obtido por meio de aspectos legais e dados secundários, foi realizado, o diagnóstico do emprego de herbicidas no Estado do Espírito Santo e os possíveis agravos para a água de abastecimento público. Verificou-se a possibilidade do uso dos Softwares ARAquá e Agroscre como recurso eletrônico para a aplicação de modelos preditivos, estimou-se a vulnerabilidade a impactos do cenário em estudo e em seguida, a presença do Glifosato, herbicida mais consumido mundialmente, foi monitorado em águas superficiais do Braço Sul do Rio Jucu no Município de Marechal Floriano. Dentre os resultados, foram constatados que apenas 35,02% dos comerciantes prestaram contas da venda de agrotóxicos ao órgão que compete à fiscalização. O Munícipio que mais vendeu agrotóxicos no ano de 2016 foi São Gabriel da Palha (14%). Sendo que os princípios ativos que mais estavam presentes nas formulações comercializadas, tanto no Estado do Espírito Santo quanto na Bacia Hidrográfica do Rio Jucu, e em Marechal Floriano foram o Glifosato, Paraquat, 2,4D, e o Picloram. Entre os anos de 2014 e 2016 o Programa VIGIAGUA monitorou apenas 15 dos 27 agrotóxicos listados na Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, em 15 dos 78 Municípios que compõem o Estado. Os Softwares se mostraram práticos no seu propósito, entretanto existe carência de bancos de dados atualizados para sua aplicação. Três amostras para a análise de Glifosato acusaram a sua presença. Com o trabalho, verificaram-se deficiências no sistema estatal de controle da comercialização e do uso dos agrotóxicos Confirmou-se também a contaminação por Glifosato do ponto monitorado, demonstrando que a saúde humana e a qualidade do meio ambiente podem estar sendo comprometidas