CRISE HÍDRICA E CAFEICULTURA: IMPACTOS, RESILIÊNCIA E RESTRIÇÃO DE LIBERDADE - O CASO DE JAGUARÉ/ES

Nome: RONALDO LEFFLER
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 12/11/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDNILSON SILVA FELIPE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE OTTONI TEATINI SALLES Examinador Externo
EDNILSON SILVA FELIPE Orientador
GILTON LUÍS FERREIRA Examinador Interno

Resumo: Investiga as estratégias de resiliência às crises hídricas adotadas pelos cafeicultores do município de Jaguaré-ES, dada a recorrência e magnitude das secas no maior produtor de café conilon do Brasil. Seu objetivo é apresentar os principais impactos locais provocados pela crise hídrica 2014-2017 na cafeicultura, bem como caracterizar a percepção que os cafeicultores têm das secas e de suas vulnerabilidades; identificar as estratégias de resiliência desenvolvidas pelos cafeicultores e instituições locais de apoio à cafeicultura; e propor políticas e ações locais direcionadas ao desenvolvimento agrícola sustentável do município, a partir das estratégias exitosas (ou não) dos cafeicultores locais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual foram entrevistados 182 cafeicultores das diversas estratificações fundiárias e regiões do município e 21 principais atores chaves; sendo 14 locais e outros 7 representantes do poder executivo estadual e federal. A pesquisa fundamenta-se na abordagem das capacitações de Amartya Sen, que define o desenvolvimento como a expansão das liberdades individuais. Os resultados confirmam a hipótese de vulnerabilidade dos cafeicultores às crises hídricas, provocando impactos econômicos, sociais e ambientais. Através da análise da percepção dos cafeicultores, pode-se afirmar que eles são conscientes de suas vulnerabilidades. As principais estratégias de resiliência adotadas pelos cafeicultores foram: irrigação localizada; construção de barragens e captação de água subterrânea; diversificação de culturas e atividades; Uso e refinanciamento de crédito agrícola. Como políticas públicas ofertadas aos cafeicultores destaca-se o Programa Barragem Legal, Terra Viva e Agromais. Concluise que deve haver maior participação dos cafeicultores junto aos sindicatos, cooperativas e associações; desenvolvimento de políticas públicas de assistência técnica aos cafeicultores; estudo e controle de uso das disponibilidades hídricas subterrâneas da região; beneficiamento e agregação de valor ao café, para geração de emprego, renda, expansão das liberdades e melhoria da qualidade de vida dos cafeicultores.

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