PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS ORGANIZADOS EM COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO

Nome: JULIA PAULA SOPRANI GUIMARÃES
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 29/11/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RENATO RIBEIRO SIMAN Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GILSON SILVA FILHO Examinador Interno
JACQUELINE ROGÉRIA BRINGHENTI Examinador Externo
RENATO RIBEIRO SIMAN Orientador

Resumo: Os catadores de materiais recicláveis compõem a base da cadeia produtiva da reciclagem e são os principais responsáveis pela recuperação dos resíduos secos pós-consumo. Sua inclusão na gestão de resíduos sólidos foi consolidada com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Contudo, faz-se necessário conhecer quem são esses trabalhadores, visto que a ausência de estatísticas, principalmente a nível municipal ou regional, inviabiliza o planejamento da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo principal levantar o perfil socioeconômico dos catadores organizados em cooperativas e/ou associações do Espírito Santo, bem como avaliar o efeito desse perfil nas principais disfunções deste tipo de empreendimento econômico solidário (EES). Para tal, foram selecionados 24 EES (23 associações e 1 cooperativa) em 20 municípios capixabas, sobre as quais foram aplicados questionários semiestruturados à 215 de seus associados/cooperados, auferindo informações socioeconômicas referentes a demografia; educação; moradia e; trabalho e renda. Os resultados apontam que 60,5% dos associados são do sexo feminino, as faixas de idade mínima e máxima encontradas foram 15 a 19 anos (0,9%) e 70 a 74 anos (2,3%), respectivamente. O grau de escolaridade é baixo, com 21,4% de analfabetos, ainda assim, 59,3% expressaram desejo de voltar a estudar. A maioria deles mora em domicílios particulares permanentes (98,6%) adequados (61,79%). As faixas salariais variaram de até R$ 220,00 (13,5%) à R$ 881,00 – R$ 1.760,00 (24,2%). Dos entrevistados, 46,04% descreveram depender exclusivamente da renda da associação, sendo que destes, 46 declararam ser esta a única renda familiar. As disfunções que se relacionam ao perfil socioeconômico encontrado foram: postura de desconfiança das empresas e comunidade quanto a atuação dos catadores; carência em assessoria técnica especializada; baixo conhecimento sobre a cultura associativista e; ausência de práticas verticalizadoras do processo produtivo.

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